Foi olhando ao sol se por que viajei pelo mundo,
Nesta fração de segundos vi o mais lindo arrebol,
Minha vida foi ao ápice, mas logo voltou ao fosso,
O mundo me trás desgostos e não consigo reagir,
Todos podem me agredir com suas formas nefastas,
Mas eu pertenço a uma casta ensinada a ter vergonha,
E a corrupção afronta o meu país por inteiro,
Não me sinto a vontade para viver na maldade
Praticando a coisa certa, espero do criador,
Que devotando o seu amor, der moral ao meu Brasil,
Corrija a quem quiser e quem persistir de má fé,
Que vá pra puta que o pariu.
Nos meus sonhos mais ousados eu atravesso distâncias,
Vou de encontro ao passado tiro deste as relevâncias,
Mais um tiro no escuro e eu embarco pro futuro,
Onde nada é garantido, é como sentisse o odor,
Que desloca o predador ruma a sua refeição,
Mas isto nada garante, pois pode ter chegado antes,
Um outro forte concorrente, faminto e desbravador,
Disposto a fazer barreira para um outro visitante,
Assim é a natureza não nos deixa ter moleza,
Em nada do que almejamos tudo por aqui tem preço,
Independente se mereço da vida algum gracejo,
Nem mesmo a mulher amada me dispensa os seus beijos,
Se não forem barganhados e se quiser um mais demorado,
A miçanga é ainda maior, sendo assim vou me contendo,
E minha vida vivendo de forma bem recatada,
Do amor já desisti, só lembro do que vivi,
Nas velhas águas passadas.
Enviado por Miguel Jacó em 19/04/2016
Código do texto: T5609652
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Miguel Jacó