Poemas : 

Soneto dos sentimentos estéreis

 


Mas os sentires murcham e secam sem quartel,
discutir isso enquanto ao par ainda amo acometo;
sofridos esses velhos sonhos acalento em cordel,
ao burburinho ante o marulho do mar submeto.

No roldão de pessoas, íntimo solfejo num tonel,
imerso em refletivas da intensidade do carreto,
das tantas envolvidas, todas a loas somadas a batel,
num átimo açambarcado os anelos desse abjeto.

Suspirando pelo regresso... uma volta... serei fiel.
Voltar... se nenhum ato escapa à mão do Arquiteto,
de um da multidão que erga a fronte nessa babel.

À frente sem esmorecer... quiçá pode saber cruel,
seja ignaro seu registro letal do discurso dileto,
do mundo inteiro que nevoento se ouça o tropel.


 
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ReflexoContrito
 
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