Poemas : 

DEMORADAMENTE, AO SOL

 
Se eu soubesse como
traria o sol para enxugar o céu molhado
e encher de luz a primavera entristecida.
Se eu soubesse como
colheria pela raiz flores proibidas da Babilónia
para tas plantar em canteiros originais
e rarefazer de aromas perfumados o teu jardim.
Se eu soubesse como
pousaria o meu olhar no teu
e beberia do teu sorriso até me embriagar de encantamento!
Se eu soubesse como
adormeceria no teu colo
e só na maciez da tua pele despertaria
ao pulsar acelerado dos corações…
Se eu soubesse como
beijaria os teus lábios meigos, demoradamente
em silêncio, sem pressa e sem tempo
como se num deserto calmo, ao vento distante
de areias pousadas e quietas no chão
e um oásis a servir-nos em fonte franca o doce da nascente.
Se eu soubesse como
dir-te-ia deste meu delírio…
sentido e bom, solto do peito e das mãos.

João Luís Dias

 
Autor
jluis
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1046
Favoritos
3
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
40 pontos
6
5
3
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 17/04/2016 22:24  Atualizado: 17/04/2016 22:24
Usuário desde: 03/09/2012
Localidade:
Mensagens: 18165
 Re: DEMORADAMENTE, AO SOL
Sublime!


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/04/2016 12:15  Atualizado: 18/04/2016 12:15
 Re: DEMORADAMENTE, AO SOL
lindo poema :)


Enviado por Tópico
Patricia_firenze
Publicado: 18/04/2016 21:17  Atualizado: 18/04/2016 21:17
Participativo
Usuário desde: 26/02/2011
Localidade:
Mensagens: 32
 Re: DEMORADAMENTE, AO SOL
Olá Jluis!!

A menção dos lugares e dos adjetivos me fizeram viajar no seu poema, o tornando confortável e suave!