Escrevo incansavelmente
de maneira aleatória
versos engalanados
do que eu penso ser poesia,
Ou talvez sejam singelas palavras
perdidas no papel
que se estende na minha frente,
aquietado pela minha imaginação
e pela carícia da minha mão
ao deslizar sobre ele…
E escrevo como se uma brisa
suavemente me aliciasse a prosseguir
na criatividade que a minha mente dita
e me murmura na quietude do meu sentir…
Escrevo por que em mim é nato
este desejo de cantar, sorrir ou chorar
com as palavras que se soltam do meu querer
e se plantam no jardim do meu poema…
Não! Não serei poeta,
Serei talvez, um privilegiado
que brinca com as palavras
e as adorna com simples lirismos,
ou as pinta com coloridas metáforas…
Poeta é aquele que voa muito mais alto
sem se deslocar do chão da sua imaginação!
Poeta…é ser poeta, simplesmente!
Poeta será…
Quando deste mundo estranho ele se ausentar,
Então, pela memória a sua poesia será cantada,
Aquela mesma que antes era criticada e/ou ignorada.
José Carlos Moutinho