Luso-Poemas
 
Poemas : 

Da eternidade vaga tinindo de frio

 

”... disseram alguns que brilhou mais um ano,
mas, foi como nas trevas abrigado que o vi ...”
----------------------------------------


- Da eternidade vaga tinindo de frio -





Disseram alguns que brilhou mais um ano,
mas, foi como nas trevas abrigado que o vi,
em meio à eternidade vaga tinindo de frio,
não me furtei em leda acessão do profano.

Nem mesmo estaria procurando desculpas,
para que deixasse sonhos dispersos aqui;
disseram alguns que brilhou mais um ano,
mas foi como nas trevas abrigado que o vi.

Ora não tenho mais censuras, nem cabida,
portando-me como reles fugitivo frugal,
se brilhou a luz no momento da despedida
pois foi como nas trevas abrigada que a vi.

Tentaria deixar os caminhos sem retorno,
ao largo voar ao infinito como fosse desvio,
ficando os dias doridos na vereda da morte,
em meio à eternidade vaga tinindo de frio.

Disseram alguns que brilhou mais um ano,
mas, foi como nas trevas abrigado que o vi.
 
 10042016
--------------------------------------------------------------
©LuizMorais. Todos os direitos reservados ao autor. É vedada a copia, exibição, distribuição, criação de textos derivados contendo a ideia, bem como fazer uso comercial ou não desta obra, de partes dela ou da ideia contida, sem a devida permissão do autor.

" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
muito menos prescritores."




 
Autor
LuizMorais
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
673
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
17 pontos
11
3
0
Recentes
Sentimentos insuficientes
Balada de um sonho da chuva sob a luz num banco da praça
Então, pede-me que a esqueça...
Contando estrelas da cadeira na varanda
Balada triste do poeta amaldiçoado
Aleatórios
folhas mortas
deixem o vento e a lua serem livres
poeira
Um cão ferido sob viaduto recém inaugurado
o nome da estrela
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Semente
Publicado: 10/04/2016 13:55  Atualizado: 10/04/2016 13:55
Membro de honra
Usuário desde: 29/08/2009
Localidade: Ribeirão Preto SP Brasil
Mensagens: 8560
 Re: Da eternidade vaga tinindo de frio / para Luiz Morais
”... disseram alguns que brilhou mais um ano,
mas, foi como nas trevas abrigado que o vi ...”

- O poeta espressa lindamente em versos a sua visão toda particular e realista de um ano que não chegou tão brilhante assim.
Leitura super agradável, Luiz Morais. Aplausos!

Feliz domingo. Abraços !!


Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 10/04/2016 14:59  Atualizado: 10/04/2016 15:00
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8483
 Re: Da eternidade vaga tinindo de frio
Os anos nunca brilham, mas o evoluir da vida sim, quando o tempo se envelhece e se renova nos afazeres da vida que ajuizámos.

Abraço!
upanhaca


Enviado por Tópico
r.n.rodrigues
Publicado: 10/04/2016 20:34  Atualizado: 10/04/2016 20:34
Muito Participativo
Usuário desde: 27/04/2008
Localidade: São Luis do Maranhão
Mensagens: 92
 Re: Da eternidade vaga tinindo de frio
Parabéns,meu caro bom poeta pelo belo poema bem significativo e reflexivo. Bravo!
abraço
Raimundo


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/04/2016 00:07  Atualizado: 14/12/2018 12:43
 Re: Da eternidade vaga tinindo de frio
Excelente teu ritmo bem constituido.
Obrigado pela leitura.



Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/04/2016 15:02  Atualizado: 11/04/2016 15:02
 Re: Da eternidade vaga tinindo de frio
Gostei das repetições com variações e do tema vago, gelado no balanço do tempo.

Abraço

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre