Tens nas mãos, o poder.
Esse maravilhoso dom.
Pintar em quadros sem tela
Os desenhos mais belos.
De sorrisos que dás ao rosto de um amigo
Que teve um olhar molhado.
Retiras a máscara aos que se aproximam
E se sentem despidos.
De amor, alegria e paz.
Não os queres vestir. Aconselha-os.
Acabarão por se agasalhar sozinhos.
Quem pode ter este poder?
Eu? Tu? … Todos nós.
Temos o direito de ser os próprios autores.
De que afinal?
Julgamos bastante. Sentimos muito pouco.
Não precisamos tanto de objetos que de humildade.
Carecemos mais de bondade e ternura
Que de intelectualidade…
Amarra as palavras.
Solta a tua caminhada que ainda não terminou.
Sonha para viveres.
Ama para sentires.
Concretiza até morreres.
Não deixes por colorir o teu campo."
(Joel Fonseca Reis, novembro.2012)