Poemas : 

O Tempo não requer tempo

 
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Sento-me no sofá e ouço o contar do relógio
Fico aqui a consumir tempo sem percebê-lo
Esse tempo que versejo, com privilégio
Não faço perguntas. P’ra não desperdiçá-lo.

Parar o tempo não será minha vontade.
Farei dele infinito por viver, momentos
Grandiosos serão até à minha tenra idade.
Nessa, sentirei tempo a correr entre os dedos.

Morro com momentos que não desperdicei.
Já mais esquecerei aqueles com os amigos
Sem intenção, lágrimas no rosto os deixei
Pois minutos ficam p’ra serem consumidos.


(Joel Fonseca Reis, abril.2011)


Notas do poema:
• 12 sílabas métricas e 12 versos ao longo do poema como os números de um relógio e como os n.º de meses num ano.
• 3 estrofes como os 3 ponteiros do relógio. Número triangular. Princípio, meio e fim. 3ª posição do nosso planeta em relação ao Sol.
• Cada estrofe tem 4 versos como as 4 estações do ano. Divisão do relógio em 4 partes iguais.
• Rima cruzada como os ponteiros do relógio que se cruzam
 
Autor
joelreis
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