Perdido em pensamentos dos nossos dias de ventura, recordo-me como era doce a tua presença. Um charme maravilhoso que me fazia ficar ansiosamente esperando para ouvir sua voz. E acalenta ilusões quando sonhava que milagrosamente você estava comigo e poderíamos passar os dias juntos. Dois dias e uma noite de falas tão apaixonadas ouvindo perto tua respiração. Abraçados ao luar por um longo tempo que jamais seria o suficiente à vista das cores do céu desfeitos em luzes como poeira de estrelas polvilhando com diamantes nosso derredor.
Tua partida claramente quebrantou todo o encanto, mas deixou o fogo no meu peito aceso. Uma chama persistente que não se extingue e se alimenta agora apena da dor imiscuída nos voláteis desejos de seu retorno breve.
Venha logo, minha amada. Não demore, pois necessito ouvir outra vez o som de tua voz quando tão docemente me diz das venturas do nosso amor. Esta tua ausência tem sido como veneno a matar devaneios e fazer um coração recém-despertado para o sofrimento. Volta, amor. Quem bebeu das venturas em teu corpo fatalmente fenecerá ingerindo o veneno dos sonhos e paixões desoladas pela tua ausência.