Rogo que tenham apenas palavras amenas,
quaisquer orações seriam demais infrutíferas;
ora que se confirmou ante a tumba o voto
do satânico pacto outrora firmado.
Das palavras do juramento de sangue,
diabólico acordo resistente aos séculos
nem mesmo minhas cinzas se furtarão.
E pode ser que venha mais de uma vez,
ao redor da campa com tímidas palavras.
Poderá sussurrar aos ventos as juras,
emanações nulas de emoções dolorosas,
ora que pressinto estabelecida e arraigada
desde as aldravas da tumba empoeirada,
sepultada a luz que livre anunciada
através dos séculos tão livre grassava.
Novamente volve à poeira do túmulo,
maldito legado daquele anel de rubis,
extinguindo de vez a chama eternal.
Que se anunciasse um amor secular
acima das angustias, de um voto sagrado,
tão amarga seria a hora da despedida,
quando soluçante deixaria de vez a vida,
sem nenhuma compaixão que prometida,
mantivesse as luzes à salvo das trevas.
Oh! Minha alma torturada, presa fiel,
da sede torta sofre à míngua de razão,
qual glórias falsas em sonhos sedutor,
mergulhando no vazio do espírito
fechando-se em paredes de duvidas e frio.
Não haverá esperança de reviver no coração,
desprezadas as dores de vil cativeiro,
mantendo-se incólume ao largo,
aguardando benfazejas asas do anjo do amor
extasiada na maravilha de poder dominar.
Paixões sem esperanças restam no peito rebelde,
conduzindo à loucura em curta distancia,
pois se chagada a hora da morte sei que irei,
com as faces lívidas e mãos frias estarei.
Ignoro se poderei dizer ao menos adeus
ora prostrado inerme em negro caixão
questionando amargo ter sido inócuo o senão
do anel de rubis maldito que Satã ofertou.