Quanto mais observo o que tem acontecido desde a 1ª revolução industrial, mais me parecem ridículos e levianos os que se vangloriavam do "progresso".
Em pouco mais de 2 séculos, aí temos o resultado, já não falando do que aconteceu durante esse período, de exploração humana, guerras e de destruição de recursos naturais.
Esta curta era da história não tem paralelo, como galeria de horrores.
Há sempre os que preferem ver o lado bom das coisas, e esquecer ou ignorar tristezas mas, neste caso, o balanço negativo é esmagador.
Quando se olha ao espelho, o Homem não tem motivos para sorrir.
A voragem dos humanos é algo de louco e assustador. As nossas sociedades têm de estar constantemente a destruir para produzir e construir o que, pouco depois, destroem de novo, não com o objetivo de satisfazer necessidades essenciais, mas encandeados pelo brilho do lucro.
A humanidade transformou-se numa máquina monstruosa e imparável que engole o planeta e o defeca sobre si própria, sob a forma de lixo, tóxicos, dinheiro ou ouro.
Nunca como hoje o mito de Midas teve tanto significado, mas, enquanto Midas pôde voltar aos campos, o Homem talvez não tenha essa possibilidade.