Olha tudo isso que acontece
Tudo que nos faz pensar na realidade
O sonho que é desfeito
Pelo som ensurdecedor do silêncio dos inocentes.
Mas, não existe inocente
Nas casas, nas vilas, nas cidades...
Há violência nas ruas
Nas praças
Nas vidas roubadas
No silêncio das madrugadas...
E os braços estão amarrados
Mentes alienadas por uma sociedade hipócrita
Sangue na areia
Rancor nas veias...
Não é o sábio que vai entender esse mundo
É o tolo que diz
Na minha busca pela compreensão
Padeço da ilusão
De que o mundo será melhor.
Melhor para quem?
Se sozinho não vive ninguém. ..
Abra seus olhos e veja
O brilho dos olhos meus
Na procura incessante
Para encontrar naquele instante
A resposta para as perguntas
Que nem fiz ainda.
Não chore não, meu bem,
A lua brilha lá fora
A espera de alguém
Que ao menos irá olha-lá
Sem a intenção de alcança-lá.
Poema: Odair José, o Poeta Cacerense.