É no silêncio da minha voz
Que grito
É da masmorra do meu algoz
Que clamo
É na corrente do rio que não encontra a foz
Que me afogo
É na senda inquietante dos quereres
Dos saberes
E dos viveres
Irregulares
Particulares
Num rumo de rigor e apuramento
Que me aguento
(S) Em tormento
Vigilante nos requintes do decoro
Embora presente, ausento-me
Enquanto o sol se põe e a lua nasce
Regresso antes do romper da aurora
Para chegar em cima da hora
E sem demora
Ser novamente amanhecer