Entre as cãs acentuadas no espelho,
procuro um sinal que seja a senha,
e no reflexo embaçado pelo vapor
delineia-se tão nítida a sepultura.
As brumas da campa silenciosa
vejo-as com misteriosa devoção.
Morrer entre elas seria a celebração,
haveria até mesmo certa grandeza,
quão importante estaria esperando
a vinda derradeira anjo invisível.
O corpo arrastado para o necrotério,
parentes chamados de antemão,
despejado da vida sob um céu cinéreo,
num crepúsculo triste de uma tarde de verão.