E o Tempo pára-me por dentro!
E o Tempo pára-me por fora!
E há em mim um Tempo cadente,
há em mim um Tempo Passado,
sem vida nem encanto
de mim esquecido, perdido, calado!
E o Tempo finge não ser Tempo!
E o Tempo deseja não ser Tempo!
E há por mim alguém que grita,
há alguém na minha cama,
um lamento que se alinha, que se agita,
conforme agita a voz de quem me chama!
Ricardo Maria Louro
Ricardo Maria Louro