Por favor, não me acorde,
não toque mais essa corneta,
aquele Grant’s não era o pior,
já bebi uísque mais vagabundo.
Quando um janeiro for eterno,
sem temporais, sem gelo nas ruas,
nem grama sobre os telhados,
vamos sobreviver ao buraco aberto,
pelos serviços de manutenção,
se tivermos fôlego suficiente
para mais de trinta segundos
prendendo a respiração
livre dos dióxidos e anidridos.
Agora na distância que se impôs,
longe de todo gás sulfídrico,
o melhor que posso fazer,
é desaparecer sem deixar vestígios.
Porém, estarei a salvo dos fastígios
aquecido do frio fatal num abrigo,
protegido contra o último inimigo.