Não há margens que comprimam a força da corrente
Mesmo elas sendo altas e rochosas
Porque o rio quando se revolta e ergue o caudal
Vence a maior dureza, a maior firmeza ou compressão
Não há rio parado ou aprisionado
Que não lute até à foz
E até a atingir corre e luta
Como quem quer nascer
E quanto calmo fica
Ao abraçar o mar
E nele salifica
O doce caminhar
Não há margem que mate
A força de um rio
Como não há grades que prendam
O nosso pensamento
Delfim Peixoto © ®