Ó pobre vida vivida
sempre à margem do amor
sei que te sentes perdida
ao veres-te assim envolvida
na solidão e na dor.
Não chores vida vivida
porque a esperança não morreu
não és folha caída
não és vida vencida
dá-lhe o que Ela não te deu.
Até um forte vendaval
ou tempestade no mar
são destino, são sinal
de que a vida bem ou mal
tem um dia que acabar.
Numa estrada sem destino
com destino ao coração
num silêncio que encaminho
tantas vezes em desalinho
só encontro a solidão.
Ricardo Maria Louro
Ricardo Maria Louro