O tempo não corre nem passeia em nós
Apenas segue no seu ritmo certo,
Esperando que lhe demos um sentido,
Definido ou indefinido,
Pela nossa vontade de o viver.
Há quem o gaste, quem o perca,
Há quem o vença sem pressa.
O tempo não tem dono, não é rei posto,
É simplesmente um mensageiro
Da vida ou da morte
Avisando-nos que ele só avança.
O tempo nunca se atrasa, como nós,
Nem se adianta como muita gente
Apenas vive a sua hora,
Se agiganta num minuto
E num segundo nos mata!
Damos tempo ao nosso tempo?
Delfim Peixoto © ®