Recolhe bastardo tuas letras ao crepúsculo,
tanta senilidade expões quebrantando o estilo.
A tudo escachas nu nas ruas da descrença;
nunca tivestes das luzes o neon brilhante,
a criação honesta, capaz de sacudir a alma.
Não te vejo a clareza do rosto aberto, qual harpia
diretamente contribuis para o fim da harmonia,
odiando a tudo, espalhando antes do amanhecer,
na sala abafado mirradas letras do peito esquálido.
Festejarei sobremaneira tudo o que não fazes,
quando espalhas as fezes fétidas sob as escadas,
não vês o que é possível, almejas o impossível:
vês a cúpula da luz fumando do ópio viciante,
obras vil, brandindo nas vielas medíocre lanterna.
Nos teus vícios de ridículo folhetim de espada e capa,
vês enviesado no sentido das abordagens um prelúdio,
sonhando quica para um futuro inédito das coisas,
no tempo geminado, apaziguamento permeado repleto.
Não te concedo sequer um simples spot de negra luz,
onde mariposas de fogo circundem nojentas;
consagras reles o abandono das formas e estruturas,
o bel prazer das paixões da sucata da tua inspiração,
presumido almejando um tempo misericordioso,
ignorando na presunção néscia das atitudes tacanhas,
que teu tempo petulante se sublimou irremediável ,
derreteu-te a verve restando a tristeza do passado.