AMOR?!
Eu, de facto, não te amo. Ou melhor, amo
Àquela que sonhei e tu não és.
Sinto sequer o chão sob os meus pés:
Amor?! Mais me interrogo e mais me exclamo...
Não lembro porque tanto 'inda reclamo
Ou quanto já contei de um até dez...
Teu rosto me pareça outro, talvez;
Tampouco sei de qual nome te chamo.
Amor?! Não sei agora o que te diga,
Tanto ignoro as respostas e as perguntas
P'ra que duas pessoas fiquem juntas.
Quisera te deixar palavra amiga,
Mas, se me silencio, é porque nada
Me impede outra palavra enamorada!...
Betim – 28 03 2016
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.