Emergem as estrelas no horizonte.
Encantos que o vento entoa
Navegados de boca em boca,
Tocados como passos de valsa,
Repetidos em cadência louca,
Escritos nas pedras da velha Lisboa.
Gravados ficam lustrosos olhares,
E os espelhos das almas lusitanas
Negociadas pelo barqueiro,
Tomados em algaravias ciganas.
Envelhecida a rudeza dos mares.
Relembram-se os compassos idos
Enganados pelo fugir da Lua,
Mães que choram seus filhos,
Outros traídos por falsos brilhos
Traídos por ilusão sua,
Afogados em oceanos perdidos.
Euríbia, domadora de vagas
Demoníaca fada de beleza,
Ilusão de boas marés
Fustigadas por ventos terrenos,
Inocentes efebos sem garra
Caídos pelas horas de farra,
Ardidos por suaves venenos,
Remédios de outras fés,
Azedos de fraca defesa,
Marcados pela dor das chagas.
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma