Deixes que te guies a negra estrela nômade de Satã
quando a tempestade de ódio se abater feroz,
como se a espada de Lúcifer varresse o pó.
Ao por do sol vejas as velas vermelhas do desespero,
trêmulas confundirem-se com a linha do horizonte:
a Paz jamais vira do leste com a madrugada.
As coortes satânicas vigiam com olhos exacerbados,
não deixarão o aljôfar nas pétalas das rosas,
nem frisos ondulados das ondas na areia.
Mas se tua alma é negra, traz o ardor dos armígeros,
sejas o abutre voraz que assoma acima das nuvens,
com olhos brilhantes atentos mirando a presa.
Deixe que dos olhos protestados voem setas aguçadas,
Lúcifer e as coortes te esperam na borda da terra,
oferece tua alma e o mundo estará aos teus pés.