São ruas essas vontades
que fazem curvas no pensar.
Andarilhos vou multiplicando
por descobrir
onde partirei
todas as partes
fugindo de mim
pra reunir.
Cega justiça
errando mais sou numa passada
repleta de reta
de esboços rotos.
Em pausa de estrada
assenta-se meu sorriso
corrompendo
quando afaga corrompido
pobre leveza
lembrada
inocente rabiscada
do mundo
sem esquecer que
a pureza preferiu
não ser parida
calada ficou
pulsando no amor
do ventre.
Outra de mim
há flores amante
no caminho
de chão alado
purpureos há lados
matizados
de sonhos
desviados
pra horizontes amargos .
Torvelinhos
do pensamento mais
estrada abre e
mais ramas do eu
esgalha
sem destino
peregrinos
vezes há que dorme
a mente
una prossegue
em palpável rua
de gente
recheada e como eu
multiplicada.
Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.