SARAU DE SARZEDO
Poemas são esticados no varal
Para nos revelar os instantâneos
D'alguns olhares tão contemporâneos,
De artistas cá reunidos p'ro sarau.
Sentados sobre a guia ou n'um degrau,
Todos ora acompanham espontâneos
Àqueles versos quase momentâneos
Fora dos livros, livres, afinal!
Sem a quarta parede imaginária
Pelos palcos dos teatros a impedir
As intervenções d’uma plateia vária,
Podiam ver-e-ouvir tudo ao redor...
Pois se faz entender quem faz sorrir,
De modo que o saber tenha sabor.
Betim – 20 03 2016
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.