Não vejo felicidade na boca
Não sinto jovialidade no olhar
Há uma voz menos firme e rouca.
mas continuo a ver a magnitude estelar
Cego,vejo mas não enxergo a mudança
Sinto a aura visível até em fotografia
Hipnotizo-me pelo sorriso desde criança
amo do corpo a energia, e da alma toda a biografia
Chegado o Inverno a maioria vê apenas a ramagem
outros continuam a ver a frondosa folhagem
Não carecemos da Primavera para o que temos na mente
Não há fisionomia que não ceda à chantagem (da mente)
nem corpo resistente ao tempo incomplacente
O amor, intemporal, é inconsciente e resistente!
Não sou poeta mas, quem sabe, um dia escreverei
um texto que (pela persistência e sorte) possa ser lido como poema