Enquanto gritos ecoavam pelas ruas, Num hospital vi uma mãe aos gritos, Carregando nos olhos o sofrimento E em seus braços o filho em brasas.
A dor que eu sentia não me impedia De ver a revolta daquela pobre mãe. Tudo se resolveria em poucos minutos Se ela carregasse muitos números.
Mas ela só tinha seu pequeno nome, E ele não preenchia suficientemente, Todas as questões burocráticas Que podiam ajudar o seu pequeno filho.
Somos números e precisamos deles Em todas as questões burocráticas, Dessa nossa sociedade enferma, Sonhadora, e regida por tantos líderes.
Tempos difíceis estamos passando, E o povo sofrido marcha em procissão, Reivindicando o que já é seu por direito, Em meio a tantas divergências de opiniões.
Ah, minha pátria amada e idolatrada, Quantos filhos teus já não morreram, Olhando para a porta da salvação! São tantos sonhos desfeitos!
Oh, minha Pátria amada e gentil! Teu povo forte e sofrido clama, Acorrentado por muitos sonhos, por amor, paz e mais justiça.
Lucineide
A poesia corre em meu sangue Como a água corre no rio Sem ela sou metade de mim Meu nome é fruto de poesia.
Quando os manipuladores metem a colher, só resta o prato vazio. O pobre morre na porta do hospital, olhando para o instrumento que aliviaria seu sofrimento. Concordo com seu comentário. Obrigada pela visita. Abraços!