Talvez devesse aceitar os conselhos,
ouvir a voz da experiência
e procurar as perguntas certas
para as tantas respostas que tive.
Localizar nas teias da memória
os feixes de luz branca
que marcaram acontecimentos extraordinários.
Deixar de estar às margens da vida,
obedecer ao instinto nato,
desconsiderando ponderações racionais,
mas evitando encontrar velhos rancores,
desviando-se de antigos amores,
todas as equações não resolvidas.
Suponho que então teria a paz,
deixaria de ver o céu vermelho,
guardaria a moeda de cobre,
para outras despesas mais urgentes.