À poetisa de doces olhos que me escraviza
Num peito gélido onde o reflexo da paixão estigmatizas,
lembra a languidez do corpo cobiçado, sonhos invernais.
A cada segundo de volúpia as emoções fortes eternizas,
com teus doces beijos a acariciar minhas faces virtuais .
Brotam do olor de canela os prazeres com que exorcizas
revelando extensas tuas ondas de luxúrias providenciais.
Juntos beberemos desse vinho doce, à sede tu amenizas,
na manhã será agradável o cansaço dos afagos torrenciais.
Oh! Dríade de minha alma que a beleza em mim imortaliza,
em ledos momentos faz ferver a sanha que me escraviza,
és tu como a flor do lótus nas tuas emanações angelicais.
Desde o poente ao amanhecer tudo será nosso nos astrais,
teu corpo tecido de delícias arrebata a vontade, hipnotiza,
és feiticeira sem ardis, ó linda princesa d’encantos carnais.