Resta de todo ardor, que só há lá nos anais,
além de esquecimento, segredos passionais.
Selados que seus lábios ficam, ora simboliza,
o estertor da manhã na sombra dos vitrais
Tudo isso outra vez a ser bela sacerdotisa,
do uno templo ornado por imagens textuais.
A emudecer o verso vejo-a a pensar concisa,
calar sobre a sanha de atos temperamentais.
Interior a voz diz sonante: "Esqueça a poetisa."!
Deixe-a que se renda aos arcanos sobrenaturais,
que vire ela a página... tudo um sonho sintetiza.
Que mais não erga a fronte por vezes acidentais,
ao aroma de jasmim do seu corpo só harmoniza,
o que mantém a ternura em ações tão especiais.