Coração de Pedra
Neste dia quente, um sol abrasador...
poesia insolente
leio-a
a beira mar, no calor.
Gorjeia a gaivota, lutando contra o vento
a areia branca margeia a onda
desenhadamente.
Na solidão um leve pensamento
a balizar a poesia.
Não tenhas medo do fim do dia
Nem da cantilena surda na frente de casa
É apenas um coração, de pedra fria esburacada
Em um mundo velho, de ideias ultrapassadas
Tão estranho é este mundo
Se mal pode compreender o tempo de um segundo
Como entender a sua eternidade
Como entender o amor verdadeiro
Se ele é feito na verdade
por inteiro.
Da entrega. . .da renúncia. . .da bondade.
Não tenha medo da noite tão fria
Deste inverno que insinua a madrugada
É apenas a esperança do coração, da tua amada
De uma lágrima que sai, dos olhos em fuga
Um olhar divino
De um rosto escaqueirado e cheio de rugas.
Alexandre
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