A se ver nas mãos as chaves da porta tranquiliza,
como deter os segredos todas as teclas triunfais.
Pensar que a guarda de arcanos vontade volatiliza,
até que se deixem no átrio os votos sacramentais.
Há de se ter novamente, sem dúvida, a realidade,
das senhas secretas em que se marcam corridas.
Jamais vê-los separados... Deixar à posteridade,
o calor das impressões que se cruzam nas vidas.
Silenciosamente almeja só um pouco de mudança,
só a cair das luzes em ledo sonho julga que atua,
dias a fio a tocar o céu e acariciar a desconfiança.
É que dos sonhos foge a realidade, eles são feitos,
a partir de portas abertas deixando a entrada sua,
nos umbrais tão doces jamais há falta de direitos.