O meu caminho ninguém marca,
Como não marca o meu destino
O meu caminho faço-o
E o destino, se quiser, desfaço-o
Ninguém me dita leis
Porque não sou domesticado
Nem ministros, nem reis,
Nem alguém desgovernado
Que ninguém pense ser meu Norte
Porque já estrelas tenho
Que dizem a sorte
De saber de onde venho
Não me prendem raízes apodrecidas
Porque sou ave, vento, rio
E do fogo sou calor
E do gelo sou o frio
Delfim Peixoto © ®