Poemas : 

Poltergeistes nos círculos celestes

 




Nos círculos celestes
cada vez mais vastos
e distante de nós,
além das estrelas,
anjos presenciaram
um poltergeist inusitado.
Esperaram pela tempestade
para espantar os abutres
e devolver das cinzas
as joias eternas da coroa
que adornavam umbigos
e nádegas lascivas das ninfas.

Até que a alma
angustiada
encontrou refúgio
neste vale
de lágrimas
esquecido pelo mundo.
vivendo
como a grama
e as árvores
ciente contudo
que a
ventura
é a
chama
de
uma
lâmpada
a
óleo
curvando
sob
o
vento.


Das explosões triviais
multiplicaram-se os acenos,
brandindo bastões de beisebol
os ninjas baixaram os capuzes
e enfrentaram lideres tribais
portando pistolas automáticas
disparando morteiro e obuses
depositando moedas raras
nas máquinas de refrigerantes.

Aos trancos das correntes de aço
os trapos de plástico carregados
cada vez mais espessos e envelhecidos
que uísque doze anos engarrafado

Correndo
desordenadamente
nas
ruas
surgem
apenas
lágrimas
e
silêncio
aterrador.


Mas se ainda havia bom capim no pasto
e pulgas atrás das orelhas
já se podia piscar aliviado
ante a demência contida artificialmente
no ser demoníaco que saltava
deixando de lado a simplicidade
de passos normais como os mortais
saltando e pulando até o extremo
de um mundo extraordinário
para encanto das musas prostituídas.

em 10/03/2016, por Miqué Di L'Atrólloggus

 
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