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O EXPLORADOR

 
Tags:  SONETOS 2014  
 
O EXPLORADOR

Por rio acima, mata adentro, vida afora...
Eu ando procurando algo que sequer sei.
No tabuleiro tenho eu sido peão e rei
Como se já alguém que de si se assenhora.

Tanto faz se comando ou se comandado. Ora!...
Contra o sol e a distância afinal marcharei!
De alturas, o horizonte além descortinei,
E o experiencio em mim ao estar aqui e agora.

Meu único plano é a vista que prolongo
Depois de plotar sobre o mapa a trajetória
Que registra em miúdo a minha longa história.

Rugas sulcam-me o rosto ora pálido e oblongo
Galgando o cume frio em alta cordilheira
Onde nunca ninguém fincou sua bandeira.

Betim - 27 09 2014


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
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RicardoC
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Enviado por Tópico
RicardoC
Publicado: 10/03/2016 16:53  Atualizado: 10/03/2016 16:53
Usuário desde: 29/01/2015
Localidade: Betim - Minas Gerais - Brasil
Mensagens: 4972
 Re: O EXPLORADOR
Soneto alexandrino, isto é, dodecassílabo e com hemistíquio.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/03/2016 17:11  Atualizado: 10/03/2016 17:11
 Re: O EXPLORADOR
(poesia Georgiana se bem que não saiba o que isso é mas gosto,...gostei )


We who with songs beguile your pilgrimage
And swear that Beauty lives though lilies die,
We Poets of the proud old lineage
Who sing to find your hearts, we know not why, -

What shall we tell you? Tales, marvellous tales
Of ships and stars and isles where good men rest,
Where nevermore the rose of sunset pales,
And winds and shadows fall towards the West:

And there the world's first huge white-bearded kings
In dim glades sleeping, murmur in their sleep,
And closer round their breasts the ivy clings,
Cutting its pathway slow and red and deep.

II
And how beguile you? Death has no repose
Warmer and deeper than the Orient sand
Which hides the beauty and bright faith of those
Who make the Golden Journey to Samarkand.

And now they wait and whiten peaceably,
Those conquerors, those poets, those so fair:
They know time comes, not only you and I,
But the whole world shall whiten, here or there;

When those long caravans that cross the plain
With dauntless feet and sound of silver bells
Put forth no more for glory or for gain,
Take no more solace from the palm-girt wells.

When the great markets by the sea shut fast
All that calm Sunday that goes on and on:
When even lovers find their peace at last,
And Earth is but a star, that once had shone.


James Elroy Flecker