NO MEN’S LAND
Há territórios sem qualquer governo,
Onde impera tão-só o sentimento.
Pode-se avançar por ele a contento
E após cavar trincheiras para o inverno.
D’aí, amigo e inimigo em mim alterno
N’um campo de batalha em que me enfrento
A mim mesmo, em extremo sofrimento,
Criando cá na Terra um outro inferno.
‘Inda que caiam dez mil à minha esquerda
-- E todos sejam eu!...-- Ao mal ou bem,
A terra prometida a memória herda:
Coração, terra aonde mais ninguém
Vai!... É esse lugar de tanta perda,
Cuja conquista é tudo! E nada além...
Betim - 09 08 2011
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.