XX
manhã ensolarada depois de uma noite chuvosa. As preocupações se multiplicam, mas Deus é grande. Trouxe Andrei Bitov.
08:50 - os ferrolhos e gonzos prontos para a solda, mas vou soldar os portões e o que der. Até aqui Deus nos ajudou!
Nove e pouco - Uma pausa para esfriar o transformador de solda. Primeiro portão soldado. Super cansado.
- Tá dando agua hoje aqui?- Perguntou-me um rapaz com a farda da Caema e uma prancheta na mão.
- Não meu rapaz. Há mais de cinco anos que agua está cortada - respondi laconicamente e sem muito esforço.
Ele anotou alguma coisa e saiu sem responder nada. Pergunto as horas para a esposa de um comerciante que esqueci o nome.
- Falta quinze para as dez - respondeu-me sem muita cerimônia.
Vou para o segundo round - o sol dar o ar de sua graça,barulho de alguém carregando pedra brita na pá.O poeta sonha, mas o mundo circundante é cruel.
10:15 - Outra pausa, decido soldar uma grade, o que eu puder adiantar é melhor.Ontem professor me apresentou um canal da tv5 francesa. Tive com de práxis sonhos encabulosos. O primeiro foi com mamãe, carregando-a e hora e outra ela caia. Depois foi com Tom Zé, falei-lhe do meu romance em francês,quando fui apanhar o livro para mostra-lo, o exemplar havia desaparecido da estante, fiquei puto de raiva e despertei.
Choveu forte de madrugada, meu pensamento era só na caixa d'agua tombar,mas Deus é grande.Vamonos la lucha!.
10:55 - Encerro o expediente. Seu Biné meu vizinho chega no seu carro, buzina para alguém abrir o portão da garagem - um rapazote atravessa correndo a estreita avenida de mão dupla e o abr.tantas mulheres no mundo e eu sem nenhuma.É uma tristeza. Elas querem dinheiro e não tenho, muito mal dar para mim sobreviver. Tudo bem, se minha sina é ficar o resto da minha vida só, ficarei - mas ao menos posso dizer que amei, vivi momentos felizes e assim vai. lendo um diário de 2004,tanta besteira -mas era como me sentia, depois que fui repudiado por Madame Rameaux. Hoje tenho outras coisas a pensar, principalmente na minha vida pseuda vida literária. Sou ciente, mas eu gosto de sonhar. Quem sabe um dia algum leitor na França, descobre o meu humilde livro, goste e o divulgue - aconteceu na internet.O importante é que ele está lá no site da editora Edilivre. Confesso que as vezes tenho uns arroubos, sei do que sou capaz, não sou um escritor, sou apenas um escriba. Ontem pensei em fazer a capa de trás de "Além das Névoas Azuis, uns comentários fictícios. Astrogildo Tefinca, Gazzeta de Ananideua `um livro excepcional que diverte e [e serio ao mesmo tempo` - Ze Buzao do Extra de São Luis `Rodrigues nos revela o nosso destino final neste singular livro` - Antonio Sempre Labutando da Voz do Sertão `Um livro ímpar que vale apenas lê-lo e descobrir o desconhecido`, Sacanear para não ser sacaneado, sei mesmo que ninguém vai dar a minha importância. Vou fazer também a orelha parodiando `A Casa de Puchkin` - `Jeruz, a cidade mítica par onde todos nos vamos, quando descarnamos dessa vida e os eus habitantes dessa vida e os seus habitantes são os principais personagens do romance `Além das Névoas Azuis`, que Raimundo Nonato Rodrigues come;ou a escrever aos ouvir os relatos de um amigo que se dizia ter visões e noticias dos entes-queridos que se forma. Os protagonistas principais são a sedutora e bela Fessora Angelica, Seu Dico` - com mais calma vou delinear
Tarde - Uma chuva torrencial acompanhada por rajadas de ventos.
- Ah! Meu Deus! - Exclama minha cunhada timorata a cada ventania, fica nervosa com medo da caixa.
16 - Assistindo um documentário sobre os pigmeus, o povo Baaka. Outro documentário interessante "O Mundo Visto do Ceu" - sobre as ilhas normandas no canal da Mancha - Anteontem assisti sobre os castelos do Vale de Loire na Franca . Outra viagem pela Itália, de Verona ate Vincenza,passando por Veneza e Pádua vendo belas vilas, magnificas construções. Pena que nunca vou conhece-los pessoalmente - assim como Paris e suas maravilhas ou Petersburgo ou Londres - mais eu vou com meus amigos e seus livros maravilhosos.
Uma viagem ao Butão para ver a sua dança religiosa executada pelos monges budistas de Drametse.