No lago florescem os narcisos
entre os pesares do lodo,
das margens desmatadas
com a aproximação da civilização.
Quando a noite cai,
posso ver o poeta em transe,
a pretexto de encontrar um verso,
meio à névoa densa,
percorrer as margens nuas,
sem pássaros, nem árvores
à procura da própria alma.