DA VÁRIA HISTÓRIA
Imagino um museu bem diferente,
Onde se exponha os crimes dos senhores,
Desmistificando actos benfeitores
Dos que Razões de Estado têm em mente.
Ali se observaria, frente a frente,
Vítima e vencedor em vivas cores
D'alguma arte insensível a louvores,
Que o olhar superlative tão-somente.
Ess'outra História chamei de Vária,
Que, embora a mesma, co'os olhos do pária
Tudo revisona: Anos, dias, horas...
E o ultraconfidencial e o extraoficioso
Que sustêm o discurso mentiroso
No edifício arruinado sob escoras.
Belo Horizonte – 31 10 2005
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.