Pois já são tantos os motivos
Que murcham as flores do nosso jardim
Estando nós apenas na espessura do presente
Sucumbamos pelas intempéries da ocasião
Rebeldes nas veias por olhos sem disfarces
Arrogante e provocante sem saber o porquê
Quando o tempo, mas do que suficiente
Não foi capaz de nos escrever.
Mas o que será da nossa próxima manhã
Sem a essência que nos fazia respirar?
Interage em nosso espelho, o instante
Do tempo que nos levou a colidir simpatias
Pela brutalidade sólida de um amor puro alma
Em que os dias não foram o bastante pra viver
O que então fora do tempo insiste em nos dizer
Murilo Celani Servo