Ecos não ressoem por mim
não voltarei...
Mantenho-me como antes de uma primavera,
na cautelosa espera,
observando as folhas mortas
cederem aos caprichos do vento,
deixando-se levarem flutuando
ao sabor da brisa outonal.
Somente estarei de volta,
quando cessar a chuva nas trincheiras
- a lama não mais absorver o sangue tisnado;
depois que a neve for varrida
das lajes das sepulturas.
Então haverá um tempo de trégua,
a cessação das mortes,
um tempo para repouso da alma.
Esquecer tantos dias ásperos
para acreditar nas verdades
que um dia houve em mim.
Até que esse dia aconteça,
deixarei amigos ansiosos a esperar
para comigo sentarem-se ao fogo
bebendo uma caneca de vinho
em louvor às almas do que partiram,
a despeito da morte que ainda ronda
e poderá adiar esse encontro.