Cada palavra é um selo da alma No espaço do ser. Seu destino, sem carteiro, deságua...
Quando a mensagem é liberada Não tem código, nem é cifrada Espalha-se ... E se multiplica Em forma de pedras ou estrelas...
Brilhantes estrelas... Uma vez reluzentes ensejam muita beleza No recipiente...
Quando se transformam em pedras Machucam, saem cortando o vento, Rasgando espaço, regentes...
Opacas barreiras, absorvem a luz Num aparente refúgio, Se abrigam no fundo do poço. Lá no escuro e profundo... Lá... Onde continuam auferindo destinos A cada mundo, a cada rumo.
E quando as pessoas tropeçam em palavras, Sem código postal ou destino, Logo elaboram uma nova trilha... As aprimoram para novos caminhos.
Vias andarilhas De significantes e significados Que mudam a imagem daquele selo. E as palavras finalmente brilham, Porque renascem no amor e zelo.
A boa palavra segue seu destino. Nas vidas será impressa, registrada; Sem moldes, trabalhada, Independente do carteiro, carregada...
Poema Inédito. Núcleo Temático Romântico. Ibernise M. Morais Silva. Indiara (GO), 24.02.2008 Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998.