LIVRAMENTO
Quando caí quis manter meu olho aberto,
Mesmo que fosse ver o próprio fim.
E não me passou bem diante de mim
A vida que vivi ou a dor que alerto.
O que passou foi ver o chão de perto;
Foi sua dureza áspera -- pois sim! --
Não me coube sequer ver a que vim
Ou qualquer grão saber senão do incerto.
'Té o último momento não quis crer,
Que isso me passaria como passou
E que, por puro acaso, ia viver...
Era só lamentar o ocorrido ou
Acabar, tonto, por agradecer
Àquele que da morte me livrou.
Contagem - 03 03 2012
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.