Prosas Poéticas : 

Pelos requintes do tempo

 
Pelos requintes do tempo
 
Apurei os ouvidos

escutando tantos forjados

cânticos de amor e esperança

correndo para ti ébrio de vida

latindo em tuas cascatas

feitas vestes no teu ser

que desnudo silenciosamente

revigorando a leda noite

que fecundo deliciosamente


– Restam curtas memórias

nestes meus versos

expurgando toda liberdade

refém e minuciosamente escrita

ao ritmo da nossa

suprema cumplicidade


– Tristonho morre o dia

onde o sol extinguindo-se

constrói seu poente no catre

deste oceano em silêncios

e nós

lá pernoitaremos

congratulados pelas

novas emoções que descalçamos

ali

juntinho

às requintadas margens

do nosso mar

tão belo e vasto em alvoroço

que no teu rasto todo em ti

felizmente

em vagas eu me destroço


FC

 
Autor
Frederico
 
Texto
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Enviado por Tópico
Semente
Publicado: 20/02/2016 16:26  Atualizado: 20/02/2016 16:26
Membro de honra
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Localidade: Ribeirão Preto SP Brasil
Mensagens: 8560
 Re: Pelos requintes do tempo
Todo construído em um romântismo sofisticado é o teu poema, querido Frederico.

Impossível não perceber os paradoxos desse tempo que ao mesmo tempo favorece às nossas experiências, quanto nos amedronta por levar de nós os cânticos de amor e esperança, que se refere o teu texto.

Gostei demais porque abordaste um velho tema de forma encantadora. Parabéns!

Beijinhos...

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 20/02/2016 23:41  Atualizado: 20/02/2016 23:41
 Re: Pelos requintes do tempo
Apurados os ouvidos, em requinte de palavras e sonhos. Lindo poema Frederico!
Abraço terno