LAMÚRIA INSANA!
Os Lamentos seqüentes, balbuciados a todo instante, está se transformando num alarido crescente a nos massacrar os tímpanos neste vale de lágrimas, onde se vive, quase que, insanamente! Pois, somos uma gleba alimentando a cultura do lamento neste mundo sem compaixão, tendo os seus Seres desditosos e carentes, inclusive, do amor e bons conselhos, o que nos leva a uma humanidade desesperada e sob sujeição constante.
Oh! Cegos lamentosos, cerceados da bondade plena, os seus olhares são focos de maldade e enganosas mortalhas da insípida mentira. As dicas e ambições das facilidades pecuniárias têm, às vezes, vocês como fiéis acompanhantes, todavia, em um momento oportuno, serão decapitados todos os seus valores conseguidos sem a divisão com os demais do recebido como benesse.
A inveja tem comandamento em todos os recantos, com a mentira superando o temor do choro e, a traição, brotando no lodaçal da raiva explorando o Bem com o uso da mentira constante.
A Maldade é logo premiada, em festejos com bacanais e orgias, pela escória acobertada pelos instintos maléficos. O Dia e a Luz ficam atolados numa cripta de imundície, perdendo o valor pela trituração dos seus privilégios e, resultando num fulgor opaco e passageiro.
PORÉM!...
A Luz da Verdade é, imensamente pura, embora estando ofuscada pelas lamúrias constantes. Ela não brota na esterilidade das almas dos farsantes lamentosos, pois, só é alimentada pelo Amor e a Bondade, dessa forma, ficará, momentaneamente, sedimentada nos meandros dos lamentos, se não houver, ali, uma faísca de castidade e de Verdade plena.
O Bem, e os seus assemelhados, como a Bondade, Amor, Solidariedade, Divisão da sobra com os demais carentes (Lamentosos ou, não!) etc. tem vida própria, mesmo estando acobertado pelas lamentações, todavia, sem com Elas se interar, ficando, assim, latente à espera da chegada oportuna de uma Faísca saneadora, o que fará com que se liberte, totalmente, passando a fulgir ofuscando todas as lamúrias inconseqüentes, o que fará com que o ser desditoso se transforme de dependente das súplicas e projetor da sua real capacidade de adquirir o almejado, em um feliz vivente, sem ficar lamentando pelos Portais da vida e, parando de receber os “ouvidos moucos” aos seus lamentos.
A seguir, apresento uma poesia inédita, de minha autoria, relativa ao texto acima:
LAMÚRIA
Oh, quanta lamúria
Neste vale insano,
Glebas de penúria
Num mundo tirano!
Seres sob desdita,
Afoitos, carentes,
Humanidade aflita
Jugos pendentes!
Oh! Cegos lamentosos
Tolhidos de bondade,
Olhos vis, enganosos,
Sepulcro da verdade!
As dicas da fortuna
Têm logo seguidores
E, em hora oportuna,
Castram os valores!
A maldade é premiada
Em farras de bacanal
Pela escória dotada
De instintos do mal.
O dia fica amordaçado
Na cripta da sujeira,
Seu valor é triturado,
Sua luz é passageira.
A luz da verdade pura
É tímida e constante,
Não brota na secura
Da alma do farsante,
Ela só é alimentada
Por amor e bondade,
Ficando sedimentada
Se não houver castidade.
Sebastião Antônio BARACHO
conanbaracho@uol.com.br
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