Poemas : 

Chicotes

 
Adormecer nas fofas gorduras
Das nuvens róseas e algodoadas
E pelo sereno das madrugadas
Despertar com celestiais criaturas.

Quando raiar o dia lá nas alturas
Nas manhas das manhãs ensolaradas
Assistir o vento assanhado nas verduras
Beijadas pelas melanias encaracoladas

De Febo com o seu carro e seus cavalos
Impacientes que soltam fogos pelas ventas
Galopando pela abóbada em ondas violentas
Sob os chicotes ardentes para reanima-los.

Enquanto isso se repete o espetáculo diário...
Eu fico por aqui, repousando nas fofas gorduras
Das nuvens ferrugens que servem de vestiário
E de espumas para as mais celestiais das criaturas...



Gyl Ferrys

 
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Gyl
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