Poemas : 

Soneto dos prodígios dos ícones arcaicos - “ monstrum ex vetere”

 


Teriam sido mesmo aqueles engenhos prosaicos
ora manentes de pejorados e medidos lampejos;
sequer mesmo sorrisos propulsores farisaicos
que refletiriam pichados nos polidos azulejos.

Eclodiu requintada nas mentes do saber dileto,
sôfrega de cumprimentos de fatos aos horrores;
do descaso aos obstáculos - agruras interiores,
vilipendiada durante tais infortúnios, sem afeto.

Então, só seriam ultrajes, aos laivos dos debruns,
na privacidade semelhante da abjeção em festejos,
sabem que foram opróbrios, momentos incomuns!

Quando insóbrios julguei resolutamente ardores
- negar existência fatual, substituição por arquejos,
prodígios foram dos ícones arcaicos quais valores.

 
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ReflexoContrito
 
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