Homem, a natureza tem limites!
Não suporta mais o louco peso da ganância;
Não suporta mais a violência da ignorância,
Não suporta mais o tanto quanto você nada conhece.
E agora? Viajo na contra mão, sem entender, sem saber por quê. Vou correndo.
Tiraram o poema do poeta e a fé do Santo que feito de barro pro barro voltou!
Rasgaram as almas e enterram a inspiração de um povo com sua própria terra.
Agora vejo um mar de lama e sangue beijar as águas de um mar num porto inseguro.
Borrado, choro no porto de tanta dor que mudou o cio das terras e das montanhas.
Mesmo quando o homem pede o fim de um povo, a calma pede tolerância, amor e fé.
Canta alma, coração acelerado, procurando corpo no barro, na lama, na ponte caída!
Sejam grandes homens: peçam perdão por todos e tantos erros. Não fiquem tristes vida inteira
Não seja culpado por este amor que pode fazer. Ainda há tempo para escapar da condenação!
José Veríssimo