Percorro o globo, os pólos;
Salto os meridianos um a um
Procurando abrigos nos olhos
Teus que acho em lugar nenhum.
Então eu grito, choro, imploro
Ninguém para secar meu pranto
Eu carpo, eu clamo e clamo tanto
Que caio de joelhos no chão e oro.
Apenas o eco de minha voz pelo ar
Percorrendo milhas e milhas no vazio
As lágrimas se tornam caudaloso rio
De tão salgadas se tornam logo um mar.
Onde fez morada, formosa borboleta?
Onde repousa amarelado passarinho?
Deixou-me só com a síndrome do ninho
Lunático a te procurar entre as estrelas...
Gyl Ferrys