Numa noite qualquer, como queima de fogos,
ao som da lira suave ostenta olhar obsceno,
antes dos unos raios do sol a vis dos jogos,
vê como festa magnífica, sem pejo do aceno.
Cai na ansiedade a cada hora leda que passa,
como tivesse olhos envoltos num véu espesso,
certo haverá herói no campo que o amassa,
para acordar elfo sonhador do sono digresso.
Mas, haverá vida-remota, mentes das pessoas,
como chacoalhar das cadeias no longo cativeiro
- sorrir do lícito em flashes de memórias boas.
Pois veja qualquer que de aparência poderosa,
instantes idos-sutis do ar memorável ligeiro
se esvai, ruge após, que pese manhã soe rosa.