Num cantinho qualquer da sala
Compondo aquele ambiente bucólico
A cristaleira quase sempre empata
É tudo nela parece beirar o insólito
Mas, impávida, ela segue no seu canto
Trazendo todo tipo de lembrança
Uma taça velha, um talher usado tanto
Que o seu cheiro na nossa frente, passa
Alguns lares ainda a mantém lá
Como se sua presença pudesse representar
Alguma recordação esquecida na memória
Não vejo nenhum mal nessa atitude
Acho que ter um arquivo de memória é virtude
E a cristaleira faz parte dessa história